O programa Profissão Repórter, Rede Globo, desta terça-feira (5) mostrou a luta de mulheres para ter acesso a métodos contraceptivos eficazes.
A Secretaria Municipal de Saúde de Ariquemes (Semsau) vem atuando quanto ao controle de natalidade, por meio do planejamento familiar.
De 20 a 22 de setembro, profissionais da rede pública de saúde do município passaram por capacitação, para auxiliar mulheres a fazer suas opções de métodos contraceptivos.
No dia 20, enfermeiros, médicos e agentes comunitários de saúde, participaram da parte teórica e tiveram acesso a palestras sobre planejamento familiar e métodos contraceptivos. Já nos dias 21 e 22, médicos receberam atualização presencial sobre a inserção do (DIU) dispositivo intrauterino.
De acordo com a SEMSAU, durante a capacitação, sessenta e seis (66) mulheres que estavam na fila de espera para inserção do DIU foram atendidas. Esse método contraceptivo é ofertado na rede pública de saúde, basta que a paciente passe por consulta em uma Unidade Básica de Saúde – UBS, que a equipe fará a solicitação, bem como o pedido de exames, tudo agendado via Sistema de Regulação (Sisreg).
Uma equipe do Profissão Repórter, acompanhou a médica ginecologista, Mariana Viza, que descobriu fazendo vídeos na internet uma maneira de falar sobre o dispositivo intrauterino, conhecido popularmente como DIU. Ele é um dos métodos contraceptivos disponíveis no Sistema Único de Saúde.
A médica viaja pelo Brasil para realizar mutirões de inserção do dispositivo.
“Existe uma demanda, porque o estado de Rondônia e a região Norte têm as maiores taxas de morte materna do país. Sabendo desse dado, a principal atitude é a contracepção. Porque a gestação não planejada, ela caminha lado a lado com a morte materna. É uma relação direta”, diz.
O DIU de cobre é o principal dispositivo intrauterino disponibilizado pelo SUS. Ao ser introduzido, o cobre é liberado e cria um ambiente hostil, inflamando a camada interna do útero. Isso impede o encontro do espermatozóide com o óvulo.
“O DIU é reversível e tem um baixo custo. A gente glamuriza muito a laqueadura, mas é uma cirurgia. E a taxa de falha do DIU e da laqueadura são semelhantes. Então, já cai por terra aquela ideia de que só a laqueadura que é método de longa duração. As mulheres conhecem o DIU, mas ouvem falar muito mal. É muita fake news”, diz.
Combater notícias falsas sobre o método contraceptivo é a primeira coisa que Mariana faz ao chegar no mutirão. Com uma linguagem diferente da técnica usada pelo médicos de forma geral.
“Se você chega com uma linguagem técnica, ainda mais com uma população que é mais simples, você distancia as pessoas. E a linguagem tem que aproximar”, explica.
Durante os mutirões, além de colocar o DIU, Mariana treina médicos que não sabem fazer o procedimento. A falta de médicos capacitados para colocar o DIU nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) faz com que o tempo de espera das mulheres aumente.
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Fonte: Ariquemes News
Com informações do G1
Fotos: Reprodução G1